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quinta-feira, 2 de agosto de 2012




RESULTADO DA SELEÇÃO - GEDELP 2012

A GRE Metropolitana Norte divulga o resultado da seleção simplificada para o GEDELP 2012:

PROFESSORES SELECIONADOS:

Gilberto da Silva Júnior
Escola Radialista Luiz Queiroga - Paulista

Nadja Maria Luciane da Silva
Escola Sen. José Ermírio de Moraes - Itapissuma

Rosineide de Lima de Oliveira
Escola Luiz Rodolfo de Araújo Júnior -
Abreu e Lima

Telma Maria Dutra
Escola Capitão Luis Reis - Olinda


INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O GEDELP

                             A Gerência Regional de Educação Metropolitana Norte e a Unidade de Desenvolvimento do Ensino tornam pública a seleção simplificada para professores de Língua Portuguesa que desejam integrar O GEDELP. O grupo atualmente é composto por técnicos e professores de Língua Portuguesa de diferentes escolas sob jurisdição da GRE Metropolitana Norte. O objetivo é realizar estudos sistemáticos e permanentes voltados ao ensino de Língua Portuguesa. Os encontros acontecem quinzenalmente, as quintas-feiras, à tarde, em local ainda a ser definido.



DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:

- Cópia do Currículo (de preferência, Currículo Lattes) devidamente comprovado.

- Carta de intenção apresentando os motivos pelos quais deseja participar do grupo (1 lauda)

- Carta de recomendação da Gestão Escolar



LOCAL E PERÍODO DE INSCRIÇÃO

                As novas inscrições poderão ser feitas na UDE da GRE Metropolitana Norte, de 20/07/12 a 27/07/12, no horário das 9h às 13h30. (segundas, terças, quintas e sextas). Toda documentação deverá ser entregue em envelope identificado (professor, telefone, e-mail e escola) e devidamente lacrado, aos cuidados de Marta Aguiar, Rita Pontes ou Cristiane Abreu.



RESULTADO DA SELEÇÃO: até 31/07 no seguinte endereço:  www.portuguesmetronorte.blogspot.com.           Para maiores esclarecimentos, entrar em contato com o e-mail portuguesmetronorte@gmail.com

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

GRE METROPOLITANA NORTE PROMOVE O II FELP

                  O impacto das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) tem provocado mudanças no processo de ensino/aprendizagem. Diante disso, como conciliar práticas de ensino de Língua Portuguesa e o uso das TIC? Para fomentar ainda mais essa discussão, o GEDELP (Grupo de Estudos Didáticos para o Ensino de Língua Portuguesa) da GRE Metropolitana Norte realizará o II FELP (Fórum sobre o Ensino de Língua Portuguesa).

 O evento ocorrerá no dia 1º de dezembro deste ano, das 8h às 18h, no Auditório do Centro de Educação - UFPE, reunindo estudiosos e professores da educação superior e da educação básica para discutir questões relacionadas a “MULTILETRAMENTO E NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA”. O evento contará com palestras, mesas-redondas e relatos de experiências. A programação também inclui apresentações culturais. Estão confirmadas as palestras das professoras: Drª Ivanda Martins (UFRPE) e Drª Angela Dionisio (UFPE).

Os participantes receberão certificados emitidos pela GRE Metropolitana Norte.

ESTÃO ABERTAS INSCRIÇÕES PARA SOCIALIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS BEM SUCEDIDAS COM O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NAS AULAS DE LÍNGUA MATERNA

  • Inscrições – as inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas na UDE da GRE Metropolitana Norte ou via internet, através do e-mail inscricaofelp@yahoo.com.br, de 17/10 a 25/11/2011. O interessado deve enviar ficha de inscrição  devidamente preenchida.



 Realização:



PARTICIPE!!!

GESTAR II: NOVAS TURMAS

O Progrrama de Formação Docente GESTAR II está de volta!

                O  GESTAR II - 2011 - Língua Portuguesa teve início no dia 28/04/11  nas seguintes escolas e municípios da nossa Regional. O curso acontece sempre às quintas-feiras e tem carga horária presencial de 120h.Veja abaixo as opções de local e horário e participe! O GESTAR II é fruto de uma parceria entre a SEE-PE/MEC/UFPE.


ESCOLA NÚCLEO
MUNICÍPIO
HORÁRIO
FORMADOR
Argentina Castello Branco
Olinda
Manhã
Sandra Helena
Argentina Castello Branco
Olinda
Tarde
Cristiane Abreu
Prof. Estevão Pinto
Olinda
Manhã
Paulo Gomes
Compositor Antônio Maria
Olinda
Noite
Luciana Sales
Escola de Paulista
Paulista
Tarde
Maria da Soledade

quarta-feira, 1 de junho de 2011

RESULTADO - SELEÇÃO GEDELP 2011


LISTA DOS SELECIONADOS PARA O GEDELP 2011

1º - Maria do Carmo Ramos da Silva - matrícula 176.202-8
Escola Clídio de Lima Nigro - Olinda

2º - Marta Verônica da Silva
Escola Carlos Gonçalves - Olinda

3º - Eunaide Monteiro de Almeida - matrícula 179.510-4

Os professores acima já poderão participar do próximo encontro do GEDELP a realizar-se no próximo dia 09/06/11 (quinta-feira), às 13h30min, no Auditório da Escola Estadual Dantas Barreto, em Paulista (em frente ao Terminal Integrado Pelópidas Silveira).

quarta-feira, 25 de maio de 2011

POLÊMICA DO LIVRO DIDÁTICO

Leia o que dizem os verdadeiros especialistas da língua sobre o assunto e poste um comentário.

ANALISAR E OPINAR. SEM LER

Bateram duro em um livro com base na leitura de apenas uma das páginas de um dos capítulos
22 de maio de 2011 | 0h 28
Sírio Possenti - O Estado de S.Paulo

Cesse tudo o que a musa antiga canta / que outro valor mais alto se alevanta (...) dai-me uma fúria grande e sonorosa / e não de agreste avena ou frauta ruda / mas de tuba canora e belicosa (os lusíadas, canto i)

O jornalismo nativo teve uma semana infeliz. Ilustres colunistas e afamados comentaristas bateram duro em um livro, com base na leitura de uma das páginas de um dos capítulos. Houve casos em que nem entrevistado nem entrevistador conheciam o teor da página, mas apenas uma nota que estava circulando (meninos, eu ouvi). Nem por isso se abstiveram de "analisar". Só um exemplo, um conselho e uma advertência foram considerados. E dos retalhos se fez uma leitura enviesada. Se fossem submetidos ao PISA, a classificação do país seria pior do que a que tem sido. Disseram que o MEC distribuiu um livro que ensina a falar errado; que defende o erro; que alimenta o preconceito contra os que falam certo. Mas o que diz o capítulo? 

a) que há diferenças entre língua falada e escrita. É só um fato óbvio. Quem não acredita pode ouvir os próprios críticos do livro em suas intervenções, que estão nos sites (não é uma crítica: eles abonaram a constatação do livro);

b) que cada variedade da língua segue regras diferentes das de outra variedade. O que também é óbvio. Qualquer um pode perceber que os livro, as casa, as garrafa seguem uma regra, um padrão. São regulares: plural marcado só no primeiro elemento. Consta-se ouvindo ou olhando, como se constata que tucanos têm bico desproporcional. Ninguém diz que está errado; todos os tucanos têm bico igual, é seu bico regular, seu bico "certo";

c) que há diferenças entre língua falada e escrita, que não se restringem à gramática, mas atingem a organização do texto (um teste é gravar sua fala, e transcrever; quem pensa que fala como escreve leva sustos);

d) que na fala e na escrita há níveis diferentes: não se escreve nem se fala da mesma maneira com amigos e com autoridades (William Bonner acaba de dizer "vamo lá sortiá a próxima cidade". Houve outros dados notáveis nos estúdios: "onde fica as leis da concordância?" e "a língua é onde nos une"...);

e) deve-se aprender as formas cultas da língua: todo o capítulo insiste na tese (é bem conservador!) e todos os exercícios pedem a conversão de formas faladas ou informais em formas escritas e formais.

O que mais se pode querer de um livro didático? Então, por que a celeuma? Tentarei compreender. Foram três as passagens do texto que causaram a reação. O restante não foi comentado.

Uma questão refere-se ao conceito de regra: quem acha que gramática quer dizer gramática normativa toma o conceito de regra como lei e o de lei como ordem: deve-se falar / escrever assim ou assado; as outras formas são erradas. Mas o conceito de regra / lei, nas ciências (em lingüística, no caso), tem outro sentido: refere-se à regularidade (matéria atrai matéria, verbos novos são da primeira conjugação etc.). Os livro segue uma regra. E uma gramática é conjunto de regras, também descritivas.

Outro problema foi responder "pode" à pergunta se se pode dizer os livro. "Pode" significa possibilidade (pode chover), mas também autorização (pode comer buchada). No livro, "pode" está entre possibilidade e autorização. Foi esta a interpretação que gerou as reações. Além disso, comentaristas leram "pode" como "deve". E disseram que o livro ensina errado, que o errado agora é certo (a tese ganhou a defesa de José Sarney!).

A terceira passagem atacada foi a advertência de que quem diz os livro pode ser vítima de preconceito. Achou-se que não há preconceito linguístico. Mas a celeuma mostra que há, e está vivíssimo. Uma prova foi a associação da variedade popular ao risco do fim da comunicação. Li que o português "correto" é efeito da evolução (pobre Darwin!). Ouvi que a escrita (!) separa os homens dos animais!

Esse discurso quer dizer que "eles" não pensam direito. O curioso é que os comentaristas são todos letrados, falam várias línguas. Mas não se dão conta de que um inglês diz THE BOOKS, e que a falta de um plural não constitui problema; que um francês diz LE LIVR(e), para les livres, e que a falta dos "ss" não impede a veiculação do sentido "mais de um".

Mas pior que a negação do preconceito foi a leitura segundo a qual o livro estimula o preconceito contra os que falam ''certo'', discurso digno de Bolsonaro, embora em outro domínio: foi o nobre deputado que entendeu a defesa dos homossexuais como um ataque aos heterossexuais. Um gênio da hermenêutica!

Mas há um problema ainda mais grave do que todos esses. De fato, ele é sua origem. Eles não defendem a gramática. Nossos "intelectuais" não conhecem gramáticas. Nunca as leram inteiras, incluindo as notas e citações, e considerando as discordâncias entre elas (acham que as adjetivas explicativas "vêm" entre vírgulas!). Eles conhecem manuais do tipo "não erre" (da redação etc.), que são úteis (tenho vários, para usar, mas também para rir um pouco) como ferramentas de trabalho em certos ambientes, em especial para defensores da norma culta que não a dominam.

Mas o suprassumo foi a insinuação de que o livro seria a defesa da fala "errada" de Lula. Ora, este tipo de estudo se faz há pelo menos 250 anos, desde as gramáticas históricas. Alguns acharam que estas posições são de esquerda. Não são! Os "esquerdistas" detestam os estudos variacionistas. Consideram-nos funcionalistas, vale dizer, burgueses. Por que defendê-los, então? Porque permitem que os estudos de língua cheguem pelo menos à época baconiana (Bacon é o nome do autor do Novum Organon, um cara do século XVI. Não é toucinho defumado).


SÍRIO POSSENTI É PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA / INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM DA UNICAMP E AUTOR DE QUESTÕES PARA ANALISTAS DE